No mundo real as
empresas nascem pequenas e vão crescendo, na moda é o inverso. Chegam
grandiosas fazendo barulho e vão se apagando e reduzindo o glamour. O Fashion
Rio quando começou os modelos tinham tickets aéreos, hospedagem, alimentação e
remuneração, lucrativo para ambos, o evento tinha as bonitas e as bonitas
ganhavam cachês. Business total.
Hoje caso os modelos
queiram participar tem que se bancar o que reduz considerávelmente a renda. No
frigir dos ovos empatam cachês & despesas. Ah! Detalhe: antes o evento
bancava tudo. Hoje, as marcas querem pagar com modelitos. Será que as
companhias aéreas, hotéis e afins aceitam roupas como pagamento?
A desvalorização dos
modelos depõe contra este mercado que busca sua identidade. A moda brasileira
está sempre decolando, porém nunca alça vôo. As marcas querem modelos baratos e
esquecem que os produtos a ser mostrados por essas modelos baratos
desvalorizam. As peças não terão o caimento necessário em modelos meia boca.
Assim como existem boas marcas existem também modelos A, B, C, D ...
É obrigatório ser
alta, magra e bonita nesse mercado de luxo e riqueza que movimenta milhões.
Detalhes fazem toda a diferença. Uma coleção mal apresentada pode trazer
grandes danos à marca. Os cariocas não possuem a tradição paulistana. É o
segundo maior pólo. Seu produto forte é a moda praia num país tropical que
supostamente consome em abundância esse produto. Os fins não justificam os
meios...