segunda-feira, 21 de maio de 2012

REDUZINDO O GLAMOUR - FASHION RIO

No mundo real as empresas nascem pequenas e vão crescendo, na moda é o inverso. Chegam grandiosas fazendo barulho e vão se apagando e reduzindo o glamour. O Fashion Rio quando começou os modelos tinham tickets aéreos, hospedagem, alimentação e remuneração, lucrativo para ambos, o evento tinha as bonitas e as bonitas ganhavam cachês. Business total.
Hoje caso os modelos queiram participar tem que se bancar o que reduz considerávelmente a renda. No frigir dos ovos empatam cachês & despesas. Ah! Detalhe: antes o evento bancava tudo. Hoje, as marcas querem pagar com modelitos. Será que as companhias aéreas, hotéis e afins aceitam roupas como pagamento?
A desvalorização dos modelos depõe contra este mercado que busca sua identidade. A moda brasileira está sempre decolando, porém nunca alça vôo. As marcas querem modelos baratos e esquecem que os produtos a ser mostrados por essas modelos baratos desvalorizam. As peças não terão o caimento necessário em modelos meia boca. Assim como existem boas marcas existem também modelos A, B, C, D ...
É obrigatório ser alta, magra e bonita nesse mercado de luxo e riqueza que movimenta milhões. Detalhes fazem toda a diferença. Uma coleção mal apresentada pode trazer grandes danos à marca. Os cariocas não possuem a tradição paulistana. É o segundo maior pólo. Seu produto forte é a moda praia num país tropical que supostamente consome em abundância esse produto. Os fins não justificam os meios...