quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O NY Fashion Week




Por Renata Diffley


Desde que "sai de Cena" passei a acompanhar o mundo Fashion Week através da ótica dos grandes, hoje amigos, fotógrafos que trabalhei.

Essa dupla perspectiva de olhares, um de vivência e o outro de observação, me leva a uma visão digamos, menos glamorosa se fizermos um paralelo entre a magnitude do Evento antes e no momento atual.

O NY Fashion Week, juntamente com Paris Fashion Week e Milan Fashion Week, era um acontecimento mundial na sua individualidade, quase determinante, por interferir e ocasionar no que é comportamental, mas também por ser uma tradução de talentosas mentes criativas que com sua Alta Costura movimentava um mercado milionário.

Hoje, e esta não é nenhuma afirmação de matéria da Vogue, tudo isso é questionável.

Se focarmos objetivamente, depois da crise financeira dos Estados Unidos, está mais do que visível que o NY Fashion Week perdeu a força chegando muito próximo de se tornar um "ready to wear market".

E não deixa de ser relevante falar que, pelo menos na minha opinião, "a moda dita moda" mas a personalidade de cada um que cria o estilo...no entanto, a questão é a aproximação da inversão de valores: Quem dita o que nos tempos de hoje?!

Será os parasitas fashionistas ( não podendo deixar de mencionar o excessivo número de Blogs Fashion que banalizam toda essa história) que irritavelmente vivem como abelhas nesse mundo irreal...?! E mais uma vez entramos em contradição, porque o ato de vestir tanto pode ser imaginário quanto real, tanto pode ser fútil, necessário, quanto pode exprimir uma individualidade consciente de cada um.

A condição principal aqui, voltando entretanto é que, o que me leva a seguir o NY Fashion Week é o extraordinário talento dos estilistas pegarem perdas, partes e inteiros de um tecido e os transformarem em uma obra de arte....mesmo que essa obra de arte seja simplesmente popular... ( a exemplo da Zara, H&M, etc... ) tudo isso continua a me encantar.

E a partir disso me permito uma deliciosa nostalgia por reverenciar minha "simples" e querida Avó que, dos 12 aos 60 anos de idade vestiu plebeus e políticos...isso me seduz ,The most!

O talento...