Ela precisava de espaço. A marca de Clô Orozco, faria um bazar com o acervo de peças vintage, de marcas como Marni, Jil Sander, Givenchy, Vera Wang, Helmult Lang, entre outras. Mas inesperadamente a estilista Clô Orozco, de 60 anos, foi encontrada morta na manhã desta quinta-feira, dia 28, em frente ao seu prédio, em Higienópolis, no centro de São Paulo. Clô sofreu uma queda de seu apartamento, que fica no 6º andar do edifício localizado na rua Rio de Janeiro, nº 160.
De acordo com a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros, a corporação foi acionada às 7h58 e uma moto foi enviada ao local. A estilista foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu e faleceu logo após a queda. Segundo assessoria da Secretaria Municipal de Saúde, o resgate foi acionado às 8h07 e chegou dois minutos depois.
O choque foi inevitável. A perda, para a moda, é inestimável. Clô Orozco era uma das maiores estilistas do Brasil. Conseguia, com um pontinho aqui, outro ali, mudar completamente a cara de uma roupa. Era a grande dama da elegância e sofisticação com peças limpas, de cores neutras, a rainha do “sou bege, sou chique”. Há alguns anos, era sabido que a Huis Clos vinha enfrentando dificuldades financeiras, mas o talento de sua criadora – e das aprendizes que formou, como Sara Kawasaki, mantinham a marca viva. Clô deixou de participar das semanas de moda, fechou lojas, mas continuava produzindo. O mundo da moda fica muito menor sem ela.